Sublimes Conversações

Ou conversações sublimes sobre literatura. Um clube do livro. Uma roda de leitura. Quase um grupo de auto-ajuda. Amigos que nunca se viram sentando-se em volta da fogueira para ouvir histórias contadas por aqueles que vieram antes. Ou em cafés do século XIX. Entre, puxe uma cadeira ou ponta do cobertor, encha sua xícara de chá. Seu copo de "vinho, poesia ou virtude". Embriague-se de letras. Pré requisito indispensável: querer. Bem-vindo a todos.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Finalmente! & Mais um pouco sobre Anna

Até que enfim o blog saiu! Ahh, estou muito empolgada e feliz! Realmente, estava com um vazio literário dentro de mim (ficou poético, hein?). Desde que terminei Letras, praticamente não peguei mais em clássicos, por uma certa preguiça, confesso. Na correria do dia a dia, a gente acaba preferindo leituras mais fáceis. Mas os estudos literários e as discussões e teorias sobre as grandes obras sempre me fascinaram e quando a Carrie teve a idéia do grupo, nem pensei duas vezes!


Pra começar, vou citar aqui um trecho publicado numa edição especial da revista Bravo! com os "100 livros essenciais da literatura mundial". Ainda está nas bancas pra quem quiser comprar e é bastante interessante com um panorâma geral e obras de vários autores de diversas nacionalidades e tempos diferentes.

Na verdade, a obra escolhida para figurar na 8a colocação da lista é Guerra e Paz, mas há essa pequena nota sobre Anna Karenina. Segue:



" O adultério na aristocracia russa é mote para o autor tecer outro grande painel da vida

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Ao tratar do tema, romancista traça retrato nuançado e minucioso da aristocracia russa do fim do século 19


'As famílias felizes parecem-se todas; as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira'. Com essa frase que se tornou célebre, Tolstói começa a sua segunda obra-prima, Anna Kariênina (1877).

Se compararmos com Guerra e Paz, vemos que é um romance de corte mais afinado com o dos romances modernos, sem as longas digressões da obra anterior, e com um núcleo dramático mais bem definido. Conta a história da mulher de um alto funcionário da Rússia czarista que se apaixona por um aristocrata.

Em paralelo, Tolstói narra os dilemas do jovem proprietário de terras Konstantin Liévin, em conflito entre sua posição aristocrática e a vontade de engajar-se na luta por uma sociedade mais justa. Ele, como Anna, vive uma crise existencial e acaba, entregue a uma paixão. Embora os dois personagens se cruzem apenas uma vez ao longo da trama, um é o espelho das angústias do outro.

Tolstói trata do tema do adultério na aristocracia enquanto traça um retrato nuançado da sociedade russa do fim do século 19. Segundo Rubens Figueiredo, que verteu a obra para o português, trata-se de um 'país em que parte da elite se esforça em dar curso a um processo de modernização, à luz dos modelos oferecido pelos países da Europa ocidental. Essa modernização, porém, não consegue alcançar as massas miseráveis das vastas zonas rurais, que continuam a viver como na Idade Média'. Ao contrapor a cidade ao campo, a elite aos camponeses, a intelectualidade à vida do homem prático, Tolstói constrói, mais uma vez, como em Guerra e paz, um vigoroso quadro da vida."


O texto não vem assinado.


Ah, continuando a dica da Carrie aí embaixo sobre links interessantes, há este aqui no qual, além de poder ler a obra completa (porém com o mesmo problema de ser em inglês), pode-se ler uma análise da obra, lista de personagens, citações, etc. Bem bacana pra quem quer se aprofundar um pouquinho e sabe inglês.

2 comentários:

Vestido de Noiva disse...

Belluska, como é a capa da revista Bravo que vc menciona e que ainda está nas bancas?

Vou comprar!Lindo blog e muito interessate!

Bjs,
Lili

Anônimo disse...

Lili,
é uma capa com fotinhas de vários autores e em letras garrafais "100 livros essenciais da literatura mundial". Não tem como errar, pede pro jornaleiro.
Obrigada pela visita!
Se empolgou de ler o livro?
Bjs