Sublimes Conversações

Ou conversações sublimes sobre literatura. Um clube do livro. Uma roda de leitura. Quase um grupo de auto-ajuda. Amigos que nunca se viram sentando-se em volta da fogueira para ouvir histórias contadas por aqueles que vieram antes. Ou em cafés do século XIX. Entre, puxe uma cadeira ou ponta do cobertor, encha sua xícara de chá. Seu copo de "vinho, poesia ou virtude". Embriague-se de letras. Pré requisito indispensável: querer. Bem-vindo a todos.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Os 10 +

Saiu no Globo a lista dos 10 mais da literatura mundial em 2007. Aí vai a reportagem:

RIO - O novo best-seller de Khaled Hosseini ou o romance de Ruy Castro, que pega carona na comemoração dos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil? O GLOBO ONLINE quer saber qual é o destaque na literatura em 2007. Com a colaboração luxuosa do caderno Prosa & Verso, elaboramos uma lista com os 10+ entre os lançamentos do ano. Saiba mais sobre cada um dos candidatos e vote em seu livro preferido clicando aqui .
"O passado", de Alan Pauls, narra a ligação destrutiva entre Rímini e Sofia. A relação é o ponto de partida para uma narrativa complexa, cheia de lacunas, em que se combinam drama, tragédia e ensaio.
Autor do best-seller "O caçador de pipas", Khaled Hosseini volta às letras com "A cidade do sol". Na nova obra, ele conta de maneira envolvente a história de duas mulheres afegãs que tiveram casamentos arranjados.
Falando em casamentos, "Na praia", de Ian McEwan, esquadrinha a desastrosa noite de núpcias de um casal inglês em 1962. Apontado pela crítica especializada como "pequena mas poderosa narrativa".
Atração da Bienal do Livro, "A menina que roubava livros", do australiano Markus Zusak, que esteve badalando a obra no Rio, é narrado pela morte, tendo como protagonista uma menina que encontra nos livros que rouba um abrigo para sobreviver à Segunda Guerra Mundial.

Crítica da ditadura chilena, a escritora Isabel Allende - agora radicada nos EUA, voltou para a lista dos livros mais vendidos do ano com "Inês da minha alma", romance épico sobre Inés Suárez (1507-1580), uma jovem costureira que embarca da Europa ao Novo Mundo em busca de seu marido desaparecido.
A vinda da família real portuguesa para o Brasil rendeu dois livros entre os 10+: "1808", de Laurentino Gomes, que, depois de dez anos de pesquisa, lançou o livro que conta de forma instrutiva e divertida a história da vinda da corte portuguesa. Já "Era no tempo do Rei", de Ruy Castro pega carona no tema para narrar uma história cômica sobre o encontro imaginário de D. Pedro I com Leonardo, o protagonista de 'Memórias de um sargento de milícias', de Manuel Antônio de Almeida.
Outro destaque do ano foi "O filho eterno", de Cristóvão Tezza: a relação conflituosa de um escritor com seu filho, portador de Síndrome de Down, é narrada com uma honestidade desconcertante.
"Homem comum", de Philip Roth, também agradou. No que parece ser a última aventura de seu alter ego Nathan Zuckerman, Roth constrói, com uma prosa cada vez mais depurada, uma história sobre a velhice e os limites do corpo.
Encerra a lista "As benevolentes", de Jonathan Littell. Vencedora do Prêmio Goncourt, essa história do Holocausto narrada por um nazista causou furor ao ser lançada.
*****
E aí? O que acharam? Concordam, discordam, já leram algum que está na lista ou pretendem ler?
Bom, eu larguei A menina que roubava livros antes do meio... Sei lá, não me prendeu. Li Na praia do Ian McEwan e gostei mas também não me empolgou tanto. Achei O jardim de cimento, também dele, bem melhor.
Quanto a Isabel Allende, eu só li um livro dela que eu gostei tanto que li duas vezes. Chama-se Paula. Tem outros livros dela aqui em casa que a minha mãe leu, mas eu ainda não. Eu tinha vontade mesmo era de ler A casa dos espíritos por que é um filme que eu realmente amooo e tenho certeza que o livro deve ser bom, mas esse não tem aqui. Mais um para a listinha de compras...
A cidade do sol eu ainda não terminei, falta pouco. Estou gostando mas é altamente deprê, por isso não estou conseguindo ler direto. Não tenho estado num mood deprê para ler tanta tragédia.
Quanto aos outros autores não posso dizer nada.... Alguém se habilita?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Rasputin é mau! Pega um, pega geral!



“Se para a salvação do espírito é necessário o arrependimento, e para o arrependimento acontecer é preciso o pecado. Então o espírito quer ser salvo, deve começar pecar o quanto antes.”- Rasputin



Seguindo a linha do marcador “curiosidades sobre a Rússia”, trouxe hoje para o nosso “mostrar e contar” (se lembram da historinha do Calvin e do Haroldo?) um pouco sobre a história do mago Rasputin, conselheiro do último dos Czares, Nicolau II, da Dinastia Romanov, cuja história coincide cronologicamente, em parte, com a dos personagens do nosso livro e também com a de Tolstoi.

A lembrança me veio à mente depois de fazer o teste sobre “que ícone russo é você” que estava no blog da Rosi e ter saído que eu sou o Rasputin – e, o que é pior: todo mundo que me conhece e conhece um pouco do Rasputin concordou. Enfim, abafa. Tirem suas próprias conclusões.





Continuando – ou melhor: começando – Rasputin foi uma espécie de mago, místico, mestre e conselheiro do Czar. Quase um misto de Zé Dirceu e Paulo Coelho.

Grigori Efimovich Novykhn (Rasputin é um apelido que significa “pervertido” que ele recebe logo na juventude, quando já enche a cara de vodka e passa as noites com mulheres) nasceu em algum ano entre 1862, 1864, 1869 e 1875 (são várias as datas encontradas) no vilarejo de Pokrovskoie (aliás, o mesmo vilarejo onde o nosso querido Liêvin – sim, Bella! Eu também estou adorando-o! – mora), Tobolski, na Sibéria (alguns locais dizem Tyumen) e toda sua vida será marcada por uma intensa busca religiosa – ainda que ele trilhe os mais variados caminhos para isso.

A atmosfera de Pokrovskoie era de misticismo e religiosidade, pois os restos mortais de São Simão, um dos apóstolos de Cristo, estavam enterrados ali próximo. Isso teria influenciado muito Rasputin.

Camponês rude e semi-analfabeto, com 18 anos entra em contato com a seita d´Os Flagelantes” cujo princípio era de que o ato sexual trazia a libertação e salvação espiritual. Vai para um monastério, mas permanece pouco tempo ali. Retorna a sua cidade e casa-se com Praskovia Fyodorovna. Tem três filhos: Dimitri, Maria e Varvara (alguns locais falam em um quarto filho com outra mulher). Logo abandona a mulher.

Conhece um místico chamado Makaria e resolve viajar pelo mundo, visitando locais sagrados. Rasputin então se declara um homem santo, além de prever o futuro. Pessoas com problemas espirituais passam a procurá-lo. As lendas sobre os seus supostos poderes vão se espalhando. Sua fama logo cresce.




(Ele no meio, com a mulherada em volta)


Uma dessas lendas diz que ele teria tido uma visão da Virgem Maria avisando-o que o filho de Nicolau II, Aleksei, era hemofílico e que precisava de ajuda. Daí ele parte para São Petersburgo. De fato o pirralho real era hemofílico e a czarina Alexandra Fiodoróvna, desesperada com a saúde do filho, manda chamar Rasputin que já havia se estabelecido como grande mago em São Petersburgo. Ele faz seu primeiro atendimento à família real em 1907, sendo bem sucedido. Entretanto, seu primeiro milagre fora com Anya Vyrubova, amiga próxima da rainha, que após um acidente de trem foi desenganada pelos médicos. Rasputin permaneceu por uma noite em seu leito, chamando o seu nome e ela retorna. Daí em diante é um abraço. O maluco é só sucesso. Loosho, poder e glamour. Ele passa não só a dar conselhos médicos como também políticos e religiosos.

Os Romanov eram um casal meio pancada das idéias. Sua corte era repleta de místicos, ilusionistas, adivinhos, hipnotizadores e outros picaretas – e isso dá bem o tom da Rússia dos últimos dias de Império. Enquanto isso o regime era cada vez mais odiado pelo povo (lembrando que estamos na beirinha da Revolução Russa), a corte se isolava cada vez mais. Rasputin era chamado pelo casal como “o amigo” – antes disso o Czar tinha ficado putaço com ele e mandado-o pra Sibéria, mas devido aos insistentes apelos da czarina, permite novamente a entrada de Rasputin na corte e continua a ouvir seus conselhos.

(A família Romanov. O pirralho hemofílico deve ser o único menino aí da foto).

Durante a Primeira Guerra Mundial Nicolau é obrigado a cuidar dos assuntos militares e deixa o país nas mãos da czarina e de Rasputin.

Com todo esse poder logo, logo Rasputin desperta ciúmes entre a aristocracia. As fofocas eram muitas: Rasputin participava de orgias sexuais, se envolvia em bebedeiras e até teria pegado di cum força a Czarina. O príncipe Feliks Youssoupov, Vladimir Mitrofanovich Purishkevich (um deputado de extrema direita), e o Grão Duque Dimitri Pavlovich (membro da família real) armam uma cilada para Raspu: convidam-no pra um passeio ao Palácio Youssoupov onde ele conheceria a mulher deste e sobrinha do Czar, grande beldade que o Rasputin já tava de olho fazia tempo e que gostaria de se consultar com ele. Lá eles dão um vinho envenenado com cianureto que não mata o bruxo, pois, em função de sua úlcera o veneno é expelido (em algumas versões fala-se que a quantidade de álcool que ele consumia regularmente teria neutralizado o efeito do veneno. Outros, ainda, falam que uma cirrose teria “filtrado” o veneno. Em todo caso, é por isso que eu bebo). Eles então atiram algumas vezes no bruxo, que ainda tenta escapar, mas cai agonizante, é castrado e depois jogado no rio Neva. Osso duro de roer? Imagina!

Algumas versões falam que a czarina teria feito uma cerimônia discreta em sua homenagem. Em fevereiro do ano seguinte (ele morre em dezembro) o corpo é exumado e queimado pela multidão e seu coração guardado na Academia Militar de Medicina. Em 1930, o coração some.


Algumas especulações dizem que ele teria conhecido o mago inglês Aleister Crowley – aquele que o Raul Seixas cita em várias canções e cujos fundamentos teriam influenciado ele e Paulo Coelho. Segundo esse site “Hipóteses menos confiáveis afirmam que o bruxo ainda vive e teria sido fotografado”. Bota menos confiável nisso!

O pênis de Rasputin foi conservado por substâncias químicas (não me pergunte por quem) e encontra-se exposto no Museu Erótico de São Petersburgo Ele mede impressionantes 28,5 cm. Confiram na imagem.



Pouco mais de um ano depois da morte de Rasputin os Romanov eram fuzilados pelos bolcheviques que fizeram a Revolução Russa. Consta que o mago teria profetizado que se algo ocorresse com ele a família real não viveria mais de dois anos. A morte do místico teria sido já um indício do fim? Castigo? Mau presságio? Ou simples coincidência? O fato é que a morte de Rasputin é emblemática de uma Rússia que cai com os Romanov. Uma Rússia profundamente mística, supersticiosa e com profundas disparidades sociais. Essa Rússia que encontramos nas páginas de Ana Karênina.



Fontes:

http://www.freeinfosociety.com/site.php?postnum=53

http://www.alexanderpalace.com/2006rasputin/index.html

http://www.themystica.com/mystica/articles/r/Rasputin.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Grigori_Rasputin

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/artigos/rasputin.htm

http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/personagens/rasputin.htm

http://mortesubita.org/biografias/personalidades/rasputin/view

Sobre o Pênis de Rasputin:

http://www.picarelli.com.br/clipping/clip15062004a.htm





Artigo

Vejam que interessante artigo sobre Tolstoi e Dostoievski.

Resoluções Literárias para 2008.

Que tal dar “meio sem querer” uma sugestão pra quem ainda não comprou o seu presente de Natal e ainda assumir um Compromisso Literário pra 2008? Boa né?...Então faça uma lista das suas Resoluções Literárias para 2008.
Proposta inicialmente pelo Meia Palavra e carinhosamente roubado por blogs de leitores compulsivos (inclusive este), vale incluir na sua lista livros que sempre desejou ler, mas que até agora são apenas desejos, livros que conheceu agora, livros que gostaria de ler novamente ou aqueles que foram separados para 2007 mas que ficaram “encalhados” na sua estante (restaram quatro na minha).
Se possível além de postar nos seus respectivos blogs coloque a lista aqui nos comentários para que todos possam ter sugestões de leitura para o ano todo ou até mesmo para adotarmos algum dos livros ao longo do ano.

*Segue a minha Resolução...


1) Ana Karênina - Tolstói (será terminado ano que vem rsrsrs)
2) A menina que roubava livros – Markus Zusak
3) Crônicas: 1961-1984 - Gabriel Garcia Marquez
4) Da Europa e da América -1955-1960 - Gabriel Garcia Marquez
5) A Mulher de Trinta Anos – Balzac
6) Mulheres de Cabul - Harriet Logan
7) O Livreiro de Cabul - Asne Seierstad
8) Morangos Mofados – Caio Fernando de Abreu
9) Einsten - Sua Vida, Seu Universo – Walter Isaacson.
10) Iracema – José de Alencar
E você? O que vai ler em 2008?

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Fotos de São Petersburgo



Essas fotos foram mandadas pelo amigo Álvaro, o homem que conhece tudo e todos. Publico aqui com a breve descrição dele.


“Eu estive em S.Petersburgo há um tempo, e achei duas fotos que dão uma idéia boa do que deve ser morar nessa cidade, podem ajudar a entrar no clima do livro. Uma é uma vista do rio Neva, foto tirada depois de meia-noite de um dia de final de junho, quando já se está perto das noites brancas; a outra é uma vista dos canais de lá, um pouco mais tarde, quando a noite efetivamente cai, ainda que por umas poucas horinhas.

Como dá pra ver, a cidade é bonita, bonita, bonita, bonita... E a cidade tem essa aura meio mágica; a impressão é que o tempo não passou, que a cidade remanesce como no passado”.


Complementando: quando voltava da inauguração do Centro de Estudos Russos há umas duas semanas eu conversava com uma moça que morou em Moscou e São Petersburgo. Ela dizia que esta última tem uma sensação térmica de frio bem maior que Moscou, pois é úmida, devido à proximidade com o litoral.

Aliás, alguns dados sobre a cidade: São Petersburgo foi fundada por Pedro, o Grande, em 1703. Entre 1712 a 1918 a cidade foi capital da Rússia. Em 1914 a cidade muda de nome para Petrogrado, porque o sufixo “burgo” é alemão e a Rússia estava em guerra com a Alemanha – “grado” é russo e significa cidade. Com a revolução russa a cidade passa a ser chamada de Leningrado – por causa de Lênin – e depois Stalingrado - por causa de Stálin - e só volta a se chamar São Petersburgo com o fim da União Soviética, em 1991.

Ela e Moscou rivalizam culturalmente. São uma espécie de Rio e São Paulo russas. Os personagens do nosso romance transitam pelas duas cidades – Ana Karênina mora em São Petersburgo, mas vai visitar o irmão em Moscou.

Ah é: eu tirei essas informações da Wikipedia, basicamente.
PS: Noites brancas é um fenômeno que ocorre em toda a Europa quando o sol praticamente não se põe. É também o nome de um livro do Dostoievski.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Beatrix Potter


Queridos, como anda a leitura de Anna Karenina? A minha ainda está bem no começo, estou mais ou menos na página 60, ou seja, não li praticamente nada! Essa semana foi bem complicada como sempre é o fim de ano no trabalho, mas semana que vem estarei de férias e tudo fluirá melhor. Aposto que a Carrie já leu mais de 200 páginas, não é baby?

Estou adorando a parte do Lievin e da Kitty. Ah, gente o Lievin é muito fofo, né? Espero que ele permaneça assim, por que ao longo de mais de 700 páginas muita coisa ainda pode acontecer.

Bom, o objetivo do meu post aqui não é conversar sobre Tolstói, mas sobre uma outra autora que descobri ontem e que realmente não tem nada a ver com literatura russa! Vou contar a história do começo....

Todo sábado eu passo na locadora depois do trabalho e pego uns filminhos pra ver no fim de semana. Já tinha algum tempo queria ver Miss Potter. Não conhecia absolutamente nada sobre o filme e nem me preocupei de ler a caixinha com o resumo por que eu pego muitos filmes pelos atores ou diretores. Peguei esse por causa da Renée Zellweger e ainda tem o Ewan McGregor, que eu adoro.

Qual não foi minha surpresa ao constatar que eu estava vendo o filme mais fofo ever! Até chorar eu chorei... É muito lindinho mesmo! E como nada na vida é por acaso, o filme conta a história de uma escritora inglesa de livros infantis chamada Beatrix Potter. Além de escrever as fábulas, ela também as ilustrava com uns personagens fofíssimos! Aqui nesse site vocês tem uma amostra.

Pensei em contar aqui um pouco sobre a vida dela, mas estaria estragando a surpresa daqueles que por ventura resolvam assistir o filme, então desisti....

O filme corta bastante coisa importante. Como todo filme biográfico seria impossível colocar tudo ali. No entanto, foca bastante na questão da criação literária e como ela começou a escrever e desenhar desde pequena, se tornando anos mais tarde, e com muita dificuldade, uma escritora bem popular na Inglaterra.

Na Wikipedia em inglês tem bastante informação sobre ela pra quem quiser saber mais e não se importe em descobrir o que acontece no filme.

Pra terminar, uma ilustração de Potter: este é Peter Rabbit, um dos personagens mais populares que ela criou. Aliás, achei um site no qual vocês podem baixar livros infantis, entre outros clássicos da literatura, e assim as obras de Potter. Se alguém quiser ler a historinha do Peter Rabbit, clique aqui. A home do site é esta. Tudo em inglês. É realmente bem mais difícil achar sites desse tipo em português.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Lista de personagens e primeiras impressões - CORREÇÕES


E aí, vocês já conseguiram o livro? Começaram a ler? Em que parte estão? Eu estou na segunda parte, capítulo XXI, página 188 da minha edição – que é da Nova Cultural, uma de capa vermelha que saiu nas bancas um tempo atrás, “Imortais da Literatura Universal”.

Preparei uma listinha dos principais personagens e um resuminho básico de cada um. Espero que esclareça alguma coisa. Vocês já sabem como funcionam os patronímicos, né? O nominho do meio que é sempre o pré-nome do pai, com os sufixos “ievith” ou “iviona”, para homens e mulheres respectivamente. O Tolstoi, por exemplo, se chama Leon Nikolaievitch Tolstoi. Isso quer dizer que o pai dele se chamava Nicolau. E o filho dele terá como patronímico Leonevitch ou algo do tipo (não sei exatamente a regra porque não sei russo. Cadê a garota que morou na Rússia? Kukla? Help!). Fora os apelidos. Então um mesmo personagem por ser chamado: pelo apelido; pelo nome e sobrenome; nome e patronímico ou sobrenome, apenas. Aparentemente pode parecer confuso pra quem nunca leu os russos, mas é que nem o “Cem anos de solidão”, do Garcia Márquez, que tem vários nomes iguais: depois que você entende o contexto fica fácil. Pode ser um pouco mais difícil porque são nomes não muito comuns para nós. Por isso eu faço a listinha (pra quem tá achando tudo isso muito óbvio e bobo, me desculpe, mas a proposta do clube é essa).


Vamos lá:


FAMÍLIA OBLONSKI:


Stiepan Arcádievitch Oblonski – apelido: Stiva. Marido de Dolly, irmão de Ana Karênina. Pega a Mademoiselle Roland, professora particular das crianças. Sua mulher fica puta e a Ana vêm pra tentar aliviar a barra do Stiva, já que Dolly gosta muito da cunhada. Bonachão, funcionário público, amigo de todos.

Dária Alieksándrovna Oblonski – apelido: Dolly. Mulher de Stiva. Irmã de Kitty e Natália, filhas da princesa Tchierbátski.


Filhos:


Tatiana: mais velha.

Gricha: apelido do mais novo.

Vássia.
Lili.

(Eles tem vários filhos – não me lembro quantos, algo como 7 – e, até onde eu li, não aparecem e nem têm seus nomes completos ditos).

Moram em Moscou.


FAMÍLIA TCHIERBÁTSKI:


Príncipe Alieksandr Tchierbátski: pai de Dolly, Kitty e Natália.

Princesa Tchierbátski: Mãe.


Filhos:


Dária Alieksándrovna (Dolly, que agora se chama Oblonski, porque casou-se).

Natália Alieksándrovna Lvov (também mudou de nome porque se casou): não aprece muito até a parte em que eu li.

Catarina Alieksándrovana Tchierbátski – apelido: Kitty - a caçula, solteira. Gosta do Vronski. Liêvin é apaixonado por ela.

Tchierbátski: único filho homem.

Também moram em Moscou.


FAMÍLIA KARÊNIN:


Alieksiei Alieksandrovitch Karênin: marido de Ana; alto funcionário em São Petesburgo. Meio mala.

Ana Arcadiêvna Karênin: sua mulher e protagonista do livro. Terá um caso com Vronski.

Sérgio Alieksandrovitch Karênin – apelido: Sierioja. Filho do casal. Tem oito anos.


FAMÍLIA VRONSKI:


Conde Kiril Ivánovitch Vronski: pai.

Condessa Vronskaia: Mãe.

Alieksiei Kirílovitch Vronski: moço bem relacionado, se apaixona por Ana. Freqüenta os Tchierbátsky. Um fanfarrão.

Alieksandr Kirílovitch Vronski: irmão.


Transitam entre Moscou e São Petesburgo.


FAMÍLIA LIÊVIN:

Constantino Dmítrievitch Liêvin – apelido: Kóstia. Esse cara é muito importante. Ao lado da Ana, ele é meio que outro protagonista. É apaixonado pela Kitty, se declara logo no início do livro. Mora no interiorrrr, numa fazenda. Defende a aristocracia, mas tem posturas bastante progressistas – é um entusiasta da ciência.

Nicolau Dmítrievitch Liêvin: irmão gêmeo de Constantino, é o pária da família. Abriu mão de bens materiais, se envolveu com uma prostituta e tem uma posição política favorável aos menos abastados. É o irmão doidão.

Sérgio Ivánovitch Kósnichev (se alguém puder me explicar porque esse cara é irmão, mas tem um nome completamente diferente do outros dois eu agradeço): irmão mais velho, mora em Moscou.

Há muitos outros personagens coadjuvantes, mas não quis cansá-los, pois esses são os que realmente importam.


***


Estou achando bastante interessante os debates desenvolvidos no livro que revelam muito sobre o século XIX. – e mesmo do próprio Tolstoi.

Logo no Cap. XI, da Parte I, há uma discussão interessante sobre o papel do Estado – se lembrarmos que Tolstoi é tido como um seguidor ou precursor de um anarquismo cristão (e o anarquismo se baseia pela ausência de Estado ou um Estado mínimo) faz todo o sentido.

Sobre o espiritismo também é bastante interessante a passagem no cap. XIV da Parte I, quando Liêvin se mostra um cético em oposição a todo o resto da sala.

Nicolau Liêvin, o gêmeo de Liêvin, tem visíveis inclinações socialistas, que podem ser vistas no cap. XXV, da Parte I.

No cap. I, da Parte II, é possível vermos uma crítica à medicina e aos médicos charlatões.

Em suma: ele debate com as principais ideologias do século XIX – socialismo, positivismo, cientificismo – sem, entretanto, se posicionar ao lado de nenhuma; mostrando o conflito da coexistência entre essas concepções, que muitas vezes aparecem ao mesmo tempo na mesma pessoa. Um mundo cheio de crendices sendo suplantado por um cientificismo que, ao mesmo tempo, não encontra total adesão.

Lógico. Idéias não param de existir só porque outras surgem. Dãã. E às vezes a gente acredita em coisas quase opostas.

Por enquanto é só, pessoal.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Novos colaboradores

Mais uma colaboradora para o nosso blog: Rosi. Ela escreve no Pautas Descartadas, como vocês podem ver ali no link. Seja bem-vinda, Rosi!

Lembrando que o blog é aberto para quem quiser escrever.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Sobre a figura aí de cima

A figura que ilustra nosso blog é de William Blake e seu título original é: Oberon and Titania with their Train (Shakespeare, A Midsummer Night's Dream V). Ou seja, é uma pintura ilustrativa da peça Sonho de uma Noite de Verão de Shakespeare. Carrie acha que a figura ilustra a idéia do grupo e mesmo não conseguindo formatá-la do jeito que queria, resolvemos deixá-la aí. Gostaram?

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Um pouco sobre Blake


Wiiliam Blake nasceu em Londres em 1757. Quando tinha 10 anos começou a estudar desenho incentivado por seu pai. Se tornou aprendiz aos 14 anos e desenvolveu seu talento ainda mais. Trabalhou como ilustrador e professor de desenho. Além disso, também escrevia poemas e sua primeira obra ilustrada, Poetical Sketches, veio em 1783. Songs of Innocence foi publicada em 1789 seguida por Songs of Experience cinco anos depois.


O radicalismo político de Blake se intensificou nos anos precendentes à Revolução Francesa. Ele começou a escrever sobre a revolução, mas esses poemas ou foram destruídos ou nunca terminados e apenas o primeiro livro de uma série que conteria outros sete circulou. Blake não apoiava o racionalismo iluminista, a religião institucionalizada e o casamento tradicional em sua forma legal e social (apesar dele mesmo ser casado). Durante a década iniciada em 1790 e após, ele mudou sua voz poética de lírica à profética e escreveu uma série de extensos livros proféticos, incluindo Milton (1808) e Jerusalem (1820). Esses livros reunem mitologia e simbolismo criados pelo próprio Blake e sugerem uma nova ordem social, intelectual e ética.


Blake publicou ele próprio praticamente toda sua obra através de um processo no qual os poemas eram gravados à mão com ilustrações e imagens decorativas em pratos de bronze. Era um trabalho caro e árduo e resultou numa pequena circulação dos poemas de Blake durante sua vida. A conseqüência disso tudo foi um desafio que os estudiosos do autor tiveram que enfrentar, o que tem interessado tanto a críticos literários quanto a historiadores da arte. A maior parte das pessoas que estudam Blake, defendem a necessidade de se considerar seu trabalho gráfico conjuntamente com o escrito, não dissociando assim, um do outro. Podemos imaginar que o próprio Blake pensava assim também.


Durante sua vida, Blake enfrentou diversos problemas financeiros e guardava um certo ressentimento pela falta de reconhecimento de seu trabalho. Em 1809, após o fracasso de uma exposição organizada por ele mesmo, Blake cai em depressão profunda e é a partir desse momento que ele começa a escrever ainda mais os poemas em tom profético mencionados acima. Por causa disso, passou a ser visto por seus contemporâneos como excêntrico e louco acabando por falecer em 1827, ainda sem o devido reconhecimento. Este só veio mesmo no século 20.
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Quem quiser saber mais sobre Songs of Innocence e Songs of Experience pode clicar aqui. Mais sobre Blake nesse outro link. Os dois são em inglês. Falando nisso, eu queria colocar aqui um dos poemas de Blake, mas não tenho a tradução de nenhum... Se alguém tiver, poderia enviar pra gente, por favor?

domingo, 9 de dezembro de 2007

"E lá vamos nós" - disse a bruxa ao Pica Pau


Vocês se lembram daquele desenho do pica pau em que ele tenta pegar a bruxa e cai numa fábrica de vassouras? Daí a bruxa não sabe qual é a vassoura voadora e tem que testar todas? E cada vez que ela tenta é um “lá vamos nós”? Pois é. Estamos assim.

Sim, o nome do blog foi mudado. Se você está lendo isso, é porque conseguiu chegar até aqui. Agora é Sublimes Conversações porque é uma junção do nome do meu blog com o da Bellinha, Conversations, Hesitations in my mind, pessoa que bateu pé pela feitura do blog – eu até tinha cogitado a idéia do blog, mas também pensei em conversar por e-mail e Bellinha defendeu arduamente a questão do blog. Então fica assim o endereço.

Aproveito para passar uma dica da Trinity, que colocou lá no Sucubus um outro local para download do texto da Ana Karenina em português.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Finalmente! & Mais um pouco sobre Anna

Até que enfim o blog saiu! Ahh, estou muito empolgada e feliz! Realmente, estava com um vazio literário dentro de mim (ficou poético, hein?). Desde que terminei Letras, praticamente não peguei mais em clássicos, por uma certa preguiça, confesso. Na correria do dia a dia, a gente acaba preferindo leituras mais fáceis. Mas os estudos literários e as discussões e teorias sobre as grandes obras sempre me fascinaram e quando a Carrie teve a idéia do grupo, nem pensei duas vezes!


Pra começar, vou citar aqui um trecho publicado numa edição especial da revista Bravo! com os "100 livros essenciais da literatura mundial". Ainda está nas bancas pra quem quiser comprar e é bastante interessante com um panorâma geral e obras de vários autores de diversas nacionalidades e tempos diferentes.

Na verdade, a obra escolhida para figurar na 8a colocação da lista é Guerra e Paz, mas há essa pequena nota sobre Anna Karenina. Segue:



" O adultério na aristocracia russa é mote para o autor tecer outro grande painel da vida

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Ao tratar do tema, romancista traça retrato nuançado e minucioso da aristocracia russa do fim do século 19


'As famílias felizes parecem-se todas; as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira'. Com essa frase que se tornou célebre, Tolstói começa a sua segunda obra-prima, Anna Kariênina (1877).

Se compararmos com Guerra e Paz, vemos que é um romance de corte mais afinado com o dos romances modernos, sem as longas digressões da obra anterior, e com um núcleo dramático mais bem definido. Conta a história da mulher de um alto funcionário da Rússia czarista que se apaixona por um aristocrata.

Em paralelo, Tolstói narra os dilemas do jovem proprietário de terras Konstantin Liévin, em conflito entre sua posição aristocrática e a vontade de engajar-se na luta por uma sociedade mais justa. Ele, como Anna, vive uma crise existencial e acaba, entregue a uma paixão. Embora os dois personagens se cruzem apenas uma vez ao longo da trama, um é o espelho das angústias do outro.

Tolstói trata do tema do adultério na aristocracia enquanto traça um retrato nuançado da sociedade russa do fim do século 19. Segundo Rubens Figueiredo, que verteu a obra para o português, trata-se de um 'país em que parte da elite se esforça em dar curso a um processo de modernização, à luz dos modelos oferecido pelos países da Europa ocidental. Essa modernização, porém, não consegue alcançar as massas miseráveis das vastas zonas rurais, que continuam a viver como na Idade Média'. Ao contrapor a cidade ao campo, a elite aos camponeses, a intelectualidade à vida do homem prático, Tolstói constrói, mais uma vez, como em Guerra e paz, um vigoroso quadro da vida."


O texto não vem assinado.


Ah, continuando a dica da Carrie aí embaixo sobre links interessantes, há este aqui no qual, além de poder ler a obra completa (porém com o mesmo problema de ser em inglês), pode-se ler uma análise da obra, lista de personagens, citações, etc. Bem bacana pra quem quer se aprofundar um pouquinho e sabe inglês.

Primeiras palavras - esclarecimentos


O nome do blog - Atualizado


É isso aí, pessoal!

Enfim, eis que a idéia ganha espaço e endereço na blogosfera. O nome é meio óbvio, meio bobo, mas na falta de sugestões melhores, preferi optar pelo simples. Na dúvida, é sempre a melhor solução. Porque nos encontramos pelo Sublime e também os livros que leremos serão Sublimes (hãn, hãn? Pegaram?). E Sociedade Anônima, pois é aberta a todos. (O NOME DO BLOG FOI ALTERADO, COMO VOCÊS PODEM PERCEBER. ESSE ERA O PRIMEIRO NOME)

Pensei em nomes inspirados em grupos literários famosos, como o Grupo de Bloosmbury, mas achei que podia dar a idéia de que só leríamos livros de autores deste grupo. Também por esse motivo recusei nomes em inglês. Não por defender a língua pátria ou por ser contra estrangeirismos, mas apenas porque poderia dar a falsa impressão de que só leríamos obras em inglês ou de literatura inglesa.

Tentei homenagear meus escritores e poetas preferidos, com algum trecho, mas fiquei com medo de Clarice ficar com ciúmes de Drummond e o Pessoa cortar relações comigo, além de correr o risco de estremecer minhas ainda frágeis ligações com Guimarães Rosa. Não seria justo com nenhum deles.

Mediante isso, e para evitar que a criação do blog se estendesse ainda mais, resolvi optar pelo simples. Básico.


O livro


O primeiro livro a ser lido será Ana Karênina, de Leon Tolstói (há diferenças na grafia do nome, pois a "tradução" do alfabeto cirílico - aquelas letrinhas engraçadinhas russas - varia. Vocês podem achar edições escritas Anna Karenina e outras variações). O "prazo" estipulado para a leitura é até a primeira semana de março. Isso significa que, nesta data, discutiremos o livro propriamente. Mas nada impede que possamos ir trocando informações desde já, assim como pessoas que chegarem depois ou não conseguirem ler no prazo possam participar.

O romance Ana Karênina, juntamente a Guerra e Paz, de Tolstoi, são considerados grandes obras da literatura universal e deste escritor em particular. O romance é enorme - quase 900 páginas, dependendo da edição - e conta a história da Ana, mulher adúltera. Ele é ambientado na Rússia do século XIX, período em que viveu Tolstói.

Há sites, como esse aqui, onde você pode baixar o livro todo. E também esse. O único problema é que é em inglês - além disso, algumas pessoas não gostam de ler no computador e, para imprimir, deve ficar mais caro do que comprar o livro. Em todo caso fica a dica. Nesses sites há obras de autores clássicos cujos direitos autorais já cairam em domínio público.


Sobre o contexto e o autor


Algumas breves palavras sobre o contexto. Tolstói viveu no período Czarista (ou Tzarista) da Rússia, onde quem mandava era o Czar (ou Tzar), espécie de Rei. Essa época é marcada por profundas desiguldades sociais, onde uma classe abastada oprimia uma massa de servos, todos escravos. A fome era imensa e a miséria idem, seja no campo ou na cidade - é bom lembrar que a maioria da população vivia no campo. Com a Revolução Russa de 1917, de moldes socialistas, o Tzar é deposto, bem como todo o regime e os bolcheviques passam o cerol (isto é: matam, exterminam) a família imperial russa.

Leon Tolstói (1828-1910) era membro da aristocracia. Seus pais morrem cedo e ele é criado por uma tia. Ele é tido como um dos fundadores de um anarquismo cristão, já que abandonou suas riquezas para viver como pobre. Seus ensinamentos influenciaram Ghandi com quem ele trocou cartas. Nasceu em Iasnaia Poliana, perto de Moscou. Estudou Línguas Orientais na Universidade de Kazan, mas abandona. Depois estuda Direito em São Petesburgo. Foi um aluno medíocre.

Desiludido, se entrega a uma vida mundana e devassa (adoro "mundana e devassa"!). Caiu na vodka e mulheres. Viaja por toda Europa até retornar a sua cidade natal. Ou seja, um homem como eu e você, caro leitor, angustiado, tentando de tudo um pouco pra encontrar o seu lugar no mundo - e fazendo algumas merdas pelo caminho. Dando cabeçadas. Só pra gente ver como há muito mais entre mim, você e Tolstói do que querem supor os grandes críticos literários que insistem em dizer que o artista é um gênio, alguém com um dom divino, predestinado às artes.

Funda uma escola para crianças e adultos na sua propriedade. Começa a tratar seus empregados com modos mais humanos e não como se tratavam os servos.
Casa, tem treze filhos. Sempre atormentado por questões morais e religiosas, além da culpa de viver com privilégios diante de tanta miséria, tenta se desfazer de toda sua riqueza, mas a família não permite. Ainda assim ele doa seus bens para a mulher, Sófia, e os filhos. Queria viver como mendigo, entre os pobres, mas também foi renegado por eles.

Morre aos 82 anos, ao tentar fugir de casa, de inanição, no gelado inverno russo em 20 de novembro de 1910 na estação ferroviária de Astapova.

Claro que isso foi um resumo do resumo. Vocês podem ler muito mais aqui, ou acolá e também no prefácio da edição da Nova Cultural, de uma série chamada Imortais da Literatura Universal. Eu tirei essas informações desses lugares.

Sobre o patronímicos, favor ler este meu post aqui. Aliás, eu aconselho, pra quem não tem familiaridade com literatura russa como é o meu caso, a fazer uma lista de personagens. Pra você não se perder. Sem contar os vários apelidos. Mas depois de um ou dois capítulos você se acostuma.

Lembro que não sou uma especialista em cultura nem literatura russa. Caso alguém mais abalizado possa falar sobre o assunto ou fazer qualquer correção, sinta-se à vontade. E caso alguém NÃO abalizado também queira falar sobre o assunto, poderá fazê-lo na caixa de comentários ou me mandando um texto (carriewhiteaestranha@yahoo.com.br). Quem quiser ser um administrador do blog - isto é, ser a pessoinha que posta - me mande um e-mail. Eu só posso autorizar as pessoas a escreverem mediante convite feito por e-mail.

É isso. Vamos trocando informações sobre os russos. Em breve mais informações sobre o livro.


Aperitivo


E só pra quem ainda não leu ficar com água na boca, aí vai a primeira frase do livro: "Todas as famílias felizes são parecidas entre si. As infelizes são infelizes cada uma a sua maneira".

Quando eu crescer também vou começar meus livros assim.